O evangelho dos vencidos Reza o mantra de heróis mortos Pesa o mundo em minhas costas Em um túnel que não acaba O amuleto de toda dor Sob a capa de feridas abertas Pende inútil e vazio A deriva do tempo Meu veneno, minhas veias Meu inimigo sou eu mesmo Aprisionado, estou ciente Paralisado em angústia Em mim mesmo, pouco posso ver Não há Sol, não há Sol no céu Isolado e indiferente Afogado em apatia Ansiedade arde eterna É o verme em minhas entranhas Templo de lamentação Esperanças são entregues Morar sem ter lar, vagar sem ter onde Orfandade Amadurecer e esperar Vejo a grande sombra, paira sobre mim Aprisionado, estou ciente Paralisado em angústia Não há Sol Não há Sol no céu, não há Sol no céu Não há Tormento e aflição Tanta dor guardada Sem energia Para vencer