A boiada estourou lá no meio do cerrado Madalena na porteira com seu berrante de lado Repicou ele doído e fez que nem lá no carro O seu berrante é choroso, tem o toque apaixonado Toca, toca o seu berrante deixando o eco dobrado Quando toca o seu berrante, ela faz o gado ajuntar Dá repique diferente que ninguém consegue dar O gado todo vem vindo jogando poeira pro ar O seu berrante é choroso, faz a gente apaixonar Toca, toca o seu berrante não deixe o gado parar (Eu repico o meu berrante, a boiada vem chegando Não existe boiada brava, eu sempre vou amansando Com a proteção divina os bois bravos estão se acabando Sou protetora dos peões e vivo sempre viajando Adeus que eu já vou partindo, o meu berrante vai repicando Vou partir pra outras terras e visitar os cuiabanos) Toca, toca o seu berrante, eu vou cortando estradão Vou gritando com a boiada montado em meu alazão Vou entregar o meu gado, vou voltar pro meu galpão Vou rever a minha amada, prenda do meu coração Toca, toca o seu berrante deixando recordação (Salve Santa Madalena, protetora dos peão Vai deixando os boiadeiros cumprindo a sua missão Seu berrante repicando sumindo na solidão)