Tô solitário, não tenho mais nada do necessário Não sei o que fazer, vou me trancar dentro do armário Sem comentários, só faço papel de otário Não saio mais de casa, tô meio sedentário Da minha tristeza eu já virei um presidiário Vou me matar não quero mais ser voluntário Desses experimentos que acabam com meus sentimentos E acumulam me deixando com vários lamentos Eu não aguento, vou escrever meu testamento Sem arrependimento, tudo nesse momento Não deixo nada além das minhas lágrimas Na linha daquelas páginas Sociedade hipócrita, cheia de bosta na mente Suicidas e alcoólatras e vários entorpecentes Vozes na minha cabeça eu sou assim tão diferente? Não sei mais como ir pra frente Por que eu tô vivo se na sociedade eu sou transparente? Ninguém me ama mesmo, nem os meus próprios parentes Infelizmente acho que fui um acidente Daqui pra frente vai me chamar de indigente O que eu faço? Tô com vontade de ir embora Se a minha vida nunca decola e a morte só me enrola Tô no fundo do poço e não tenho uma escada Como que eu vou subir daqui se eu não tenho nada? E ainda apontam o dedo falando que é palhaçada Eu tô cada vez mais perto do fim da minha jornada Então Pra que viver, pra que chorar, pra que se machucar Se em outra vida isso pode mudar Em outra vida isso pode mudar