Estrada, poeira, estrela, luar Caminho da vila de Taperoá Na baixa do rio, o solo rachou E o leito vazio que o sol ressecou Estrada, poeira, canseira e sertão Adeus povoado, adeus caminhão E o circo sozinho segue a viajar Buscando o caminho de Taperoá Taperoá! Bandeiras douradas, vermelhas, azuis Crianças com olhos repletos de luz A praça todinha cantando feliz E um perna de pau que não cai por um tris Bandeiras, tambores, cornetas, metais E o povo aplaudindo pedindo por mais Em cada calçada tem gente a cantar Pensando na festa que vai começar Abriu-se a cortina, a luz se acendeu E a vida menina ali renasceu É noite de sonho pro povo daqui Tem gente que chora, tem gente que ri E surge o comboio e não volta mais Janelas acenam e ficam pra trás As ruas se enfeitam, o circo já vem E o povo chegando, não fica ninguém Lá vem a Barca, trazendo o povo Pra liberdade que se conquista Lá vem a Barca, trazendo o povo Pra liberdade que se conquista Quanta felicidade! (Lá vem a Barca) Na vida da nação (Lá vem a Barca) É coisa de poeta navegar na contramão É coisa de poeta navegar na contramão Lá vem a Barca, trazendo o povo Pra liberdade que se conquista Lá vem a Barca, trazendo o povo Pra liberdade que se conquista Taperoá Taperoá