Banzé

Chave Mestra

Banzé


Os carros se avolumam na estrada
Dando sinais de que é mais um feriado.
Dentro deles há volúpias bem guardadas,
O esquecimento dos ofícios e da vida mais regrada.

Por aqui as ruas ficam alargadas.
Os desatentos podem ouvir os sons do vento
Andar de ônibus sem um mínimo de aperto, 
acompanhar o esvair das madrugadas. 

Assim eu entendo mais da rotina
Eu pareço perceber o valor que tem a vida

Posso gritar sem ninguém me ouvir 
Me agitar sem ninguém me ver
Posso te olhar de perto e apenas lhe dizer:
Hoje a minha cidade é só você. 
É Só Você.
É Só Você.
É Só Você. 

Os bandidos estão bem mais brandos,
Os viciados enfronhados nos seus cantos. 
Eu caminho com febre, em desatino
Me denunciando mais vil e mais dono do destino. 

Assim eu entendo mais da rotina
Eu pareço perceber o valor que tem a vida

Posso gritar sem ninguém me ouvir 
Me agitar sem ninguém me ver
Posso te olhar de perto e apenas lhe dizer:
Hoje a minha cidade é só você. 
É Só Você.
É Só Você.
É Só Você.