Sob a luz o pulso forte de um povo arredio As armas aqui do norte acendendo o pavio A morte persegue os passos do homem daqui (A paixão que queima o corpo e faz ele resistir) Nada mais forte que o cheiro de uma fêmea no cio Me embriago em seus cabelos e me afogo no rio Um gibão e uma enxada, sonhos e ilusão A faca corta o fio da vida e destrói o coração Sobre a cabeça o céu azul e uma lua a brilhar Esperança, sede, fome e a sorte sem chegar Luzes brilham na cidade, cega religião Que mantém a castidade e a sua honra em vão O povo, a passos lentos, marcha para a salvação Rédeas curtas, laço intenso, regras e alienação Na correnteza da vida, o açude secou Deus não nos deixou colher tudo que a gente plantou