Pobre homem, ao vê-lo assim tão abatido Causa de tanto penar. Quem na terra vê a deus tão humilhado Quando a solidão cruel outra vez vai chegar? Minhas mãos não vacilam e em teu lado vai entrar. Sou destinado a testemunhar o último olhar. Homem santo, a quem antes não via a face, A quem antes só pude zombar. Teu sangue agora vive em meu pranto, Acreditando por onde não posso provar. Por seu pai chamando, vendo eu sua agonia Tua dor é em mim sentida. No sofrimento vai a cabeça inclinando A morte o abraça e a cruz vou enxergando. Descanse agora e não na morte o ungido do senhor. Deixo a lança e tomo as redes, ancorado em teu amor