No olhar da fera o destino me espera O rugido feroz da multidão sedenta Razão de ódio que se revela Não me importa morrer nesta tormenta (Nesta doce tormenta) Os olhos turvos não enxergam o momento O executor se dirige com calma Sangue inocente na areia tão lento O alimento do crime que sacia a alma Primitiva, assim nasceu sua igreja Forjada com sangue e areia Numa chaga que ainda lateja No pão que é servido na ceia Minha carne padece de dor Gritos de êxtase em cada ferida Em meus ossos invade o torpor A vida se esgota em sua medida (Minha finita medida) Sinto o sangue que salga o meu torso Falta pouco pro encontro esperado Só desejo o alívio do corpo Minha alma clama pelo ressuscitado