Em uma canção não se diz tudo Há fronteiras que impedem o dizer Abre-se a porta da maneira Como língua estrangeira que alguém finge entender Muda o tempo e a moeda Só não muda a armação Só não passa a dor dessa nação E se chegasse a justiça Como água cristalina E matasse a sêde da razão Se fosse remédio esse canto E curasse de vez esse câncer Engravidando a mente em uma só direção Se não fosse tédio esperar Que um deles pensasse em mudar Que a coisa tá feia Castelos de areia No meio da feira, vão desmoronar E as falsas promessas não vão vigorar No meio da feira, vão desmoronar E as verdadeiras não tardam chegar Vão chegar...vão chegar...vão chegar...