Cacos de vidro, são feitos do paraíso Tudo é tão belo, que ao entrar o paraíso vira um inferno O arco-íris, e os campos verdes se queimam de outra cor Vermelho e amarelo, são as cores do amor com dor Poso até sentir O sangue escorrer O coração batendo E o medo de sofrer Ilusão de óptica queimou a minha córnea Um cego num incêndio, e aos poucos vou morrendo Monto em meu cavalo mas o desespero guia o caminho errado Estrada com buracos e quando eu caio vou de encontro aos seus abraços Você me dá um balde d’água, e eu aceito teu perdão Mas ao apagar o fogo, o balde queima minha mão Poso até sentir O sangue escorrer O coração batendo E o medo de sofrer Ilusão de óptica queimou a minha córnea Um cego num incêndio, e aos poucos vou morrendo