Você surgiu do nada, achando que pode entrar Vai de segundos a anos, sem se quer me olhar Aparece em frente à gente, janela no espaço Num portal transparente ou entre amigos que faço Não é a doença que me adormece Mas, é a saudade que me sujeita A uma solidão que me aquece A uma dor que me espreita Não mande recado, nem se mostre tão bandida O sonho está velado pela luz perdida É um resfriado que chega e finge ser curado Penso que foi embora e volta exagerado Não é a doença que me adormece Mas, é a saudade que me sujeita A uma solidão que me aquece A uma dor que me espreita Fecho os olhos rasos d’água Mais um dia pra esquecer