E eu me lembro bem, daquele lugar Mas não sei ao certo de que jeito fui pra lá Lembro também daquele bem te vi Que sob a luz de velas repousava no jardim Comendo folha seca, lendo um jornal Olhando pras estrelas de um sistema horizontal Pensando na imagem de um urso voador E todas as mentiras que o macaco me contou E eu não sei eu devo voltar Acho que aqui eu encontrei o meu lugar E eu não sei eu devo voltar As diferenças me impedem de ficar E no caminho eu encontrei uma cigana Roendo a unha e tomando caldo de cana Sabia a direção, mas eu não dei atenção Eu fui sozinho com a espada na mão Olha o dragão Perto do mar eu avistei um sonhador Olhei de lado concentrado, salvador Experiências vivi e de perto eu vi Senti na pele o que dizem por aí E eu não sei eu devo voltar Acho que aqui eu encontrei o meu lugar E eu não sei eu devo voltar As diferenças me impedem de ficar E no mistério eu confess me entrego assustado e não padeço Desenvolvo um complexo sem nexo e depois desço Iludido, enganado e fora da situação Meu instinto me preserva, me põe contra a solidão Desalmado, sem caráter não merece meu respeito Aprendi desde moleque a levantar, bater no peito E correr, e correr, sem olhar o paralelo Muros fortes, tracejados, lineares e concretos Me fizeram arriscar sem pensar em desistir As fronteiras que existem não existem para mim Os conceitos possessivos e de auto criação Dão ideia à nova era, materialização Quem te vê, por quê vê, bem te vê ou nunca viu Mas falou, criticou simplesmente e partiu Deu ouvidos e não pôde suportar Se erguer, renascer, bater asas e voar E eu não sei eu devo voltar Acho que aqui eu encontrei o meu lugar E eu não sei eu devo voltar As diferenças me fizeram ficar