Sou viajante No brasil da cor da terra Me leva, levam léguas Num sonho aventureiro Vou cavalgando Nos descaminhos desse meu chão Fazendo versos que na canção Afagam mágoas do seresteiro Quando a esperança vai Rodopia, fantasia Alumiando A sombra do homem aberta A voz que a garganta parcela Na renovação desfaz O credo, o tédio, o ódio, a paz É velejando Nessas vagas dos verdes mares Que desencanto os milagres Naturais da multiplicação "Redescobrindo" O universo dos navegantes Profetas, poetas, errantes Na ventania do alvorecer Quando na arrogância cai Arrepia, calmaria Assobiando A força do braço na vela Atroz como barca na pedra Na ressurreição do cais O credo, o tédio, o ódio, a paz