Hoje sinto meu canto mais triste, Falado com as batidas do coração que não consegue enxergar O caminho por onde se afundar. Mesmo sendo apenas um canto triste Na me vem a lágrima para o choro: Complemento do sentimento revelado pela fala dos olhos, Que insistem em permanecer calados Tentando esconder a voz do coração. Já alcancei a solidão, e a liberdade me faz provar isto Pois sinto em meus passos o peso do tempo; Tempo aquele que andava ao pranto mesmo acompanhado; Sem luzes, sem vozes, sem olhos, sem abraços Foram vários os momentos de alegria Que me fazia bobo nos sonhos das pessoas Imaginando o deslumbramento daqueles gestos E sonhava mais, e mais e mais, e mais... Mas porém, por momentos eu não tinha Aquelas imagens claras que transforma o mundo em poesia, E a poesia transforma-se em pesadelo. O mundo virara brasa e meus pés madeira! E consumiu aquilo em poucos passos E o que era real passou a se chamar de cinzas.