Vazio de sentimentos invadem meu peito adentro A mensagem que te passam, distorcem seu julgamento Dita de uma forma imperativa o conteúdo da notícia é o que constrói a sua fala Como grito de ofensa o barulho da imprensa modifica sua crença e te cala Replicando informação, chamando sua atenção, te colocam ao lado deles na missão Muita cautela é preciso, muito cuidado e juízo, resistência é o oposto da omissão E o outro lado da história, quem vai me contar? Todos os dias são iguais, na TV e nos jornais E o final da novela, que se passou na favela, estrelada pelo boy que cresceu em Moema Repete-se o tema, inverte-se a cena, como um moleque da rocinha que visita Ipanema Da lama ao caos, do céu ao inferno, do menino descalço ao homem de terno Do punk ao rap, o som do protesto, na levada desse som deixo meu manifesto! O povo com conhecimento fere os sentimentos E interesses dos que estão no poder Causando o enfraquecimento do ideal de exploração Dos que visam só cifrão pra poder viver Quando há esclarecimento, há revolta, então melhor deixá-los hipnotizados Contam inverdades por interesse próprios E assim o povo segue alimentando seu negócio