Quase sempre eu ando Sem saber a aonde vou Nessas manias de seguir meus pensamentos Eu dou voltas e aqui estou Nossas palavras são remédios expirados Pro cansaço exalado após um dia estafante Onde os sonhos são alados Me diga algo novo Que me faça ver de novo que é possível sair Eu mais que ninguém quis sair e voltei Pra essa estranha e consistente inconseqüência que julgamos sem o nosso saber Eu mais que ninguém quis sair e voltei Para o que? Quase sempre eu ando Contornando as direções Me esquivando das esquinas onde vendem Nossos sonhos como ilusões Incoerentes olhos fogem do cansaço Seguem reto pela rua Fim de noite sob a lua Nada é novidade Meus poucos versos somam minha angústia Que eu escondo pra não ver a verdade