Um homem de joelhos sob os pés da escada, a catedral vazia, sua vida é nada No pensamente o gosto da morte, a fé sufoca a dor, não cicatriza o corte Um homem de joelhos sob os pés da escada, no peito traz a dor e o frio da madrugada Nos olhos o silêncio do deserto, chorava a sorte e só trazia os restos, restos, restos O resto pela vida inteira, a fome estampada na prateleira O resto de um sonho consumido, a morte é um martelo no pé do ouvido O resto de um sonho consumido, a morte é um martelo no pé do ouvido Restos, restos O resto é o fim da linha, um homem de joelhos a catedral vazia O resto é a dor no peito, rezar, pedir, não tem mais jeito O resto é a dor no peito, rezar, pedir, não tem mais jeito Restos, restos O resto dessa vida miserável, estamos quase mortos, condenados O resto do sistema, a pátria amada, um homem de joelhos já não tem mais nada O resto do sistema, a pátria amada, um homem de joelhos já não tem mais nada Nada, nada, nada.... Nada, nada, restos O que resta pra você? O que resta pra você? O que resta pra você? Restos! Restos! Restos, nós somos restos! Restos, nós somos restos! Ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô ... Restos, restos