Clama-me se o teu corpo em chamas Desejar o meu! Clama-me já que o Sol dos meus olhos Só se acende nos teus! E no escuro de um quarto-crescente De nós dois a sós Pernas e poses, bocas e dentes Confundem-se nos lençóis É o fogo, é o medo ardente das velhas paixões Sem as marcas, as largas avenidas Dos mistérios da vida, mil desejos O risco de um beijo Sem as dores-de-amores do mundo Que batem a porta! Eu quero é mergulhar-te toda Sentir a tua boca-a-boca Em meu pelo sempre a me atiçar Eu quero é mais desse desejo torto Tudo, tudo, tudo o que é preciso Para aliviar a dor de amar demais você! De amar demais você, de te amar demais! E se no orgasmo conciso do mesmo porém E dossel de prazeres Nus nos fizermos um só O que dizer, e porquê dizer? Se eu te amo e tu me amas E esse amor queima uma só chama Que jamais se apagou¹