Eles correm Sem distância O olho alheio à sombra, Alheia ao pé alheio ao chão Alheio ao pé alheio ao Não identificam Delimitam delimitam Eu vi o dono do rio num curso sem direção Eu vi o dono da colina - ele mora embaixo do chão E o suor na mão, e o suor na mão Desconexo de uma pergunta E não pergunta Não pergunta Não pergunta E tudo vai estremecer e ser igual Quando a noite embaçar Eu me deito e passo a desfiar Todas as linhas e bordas - O dentro correndo afora A cidade se entorna, eu vou levitar Mas todos os sonhos sem carne Desabam Entre a vontade e a mão Entre o peito e o impulso A gravidade do chão A lonjura Entre a tela E a vista Minimiza minimiza minimiza - Isso o tempo descarrega - Isso o tempo desafoga - Isso o tempo alivia - Isso o tempo esvazia Eu vi o dono do sol, ele só sabe dormir Eu vi o dono do tempo Ansiando tudo agora E tudo cansado, sem esforço E tudo ecoa sem espaço sem distância, Meu grito não alcança Meu grito não alcança