Cavalo bueno de poncho embalado De chapéu tapiado num jeitão de guapo Ato meu cavalo e entro na bailanta Saio com a percanta chacoaiando os trapos No canto da sala ronca a botoneira E eu na vaneira não sou muito manco No cabo da faca eu enrosco meu mango Porque no fandango eu não esquento banco No cabo da faca eu enrosco meu mango Porque no fandango eu não esquento banco E se for rancheira eu danço troteadito Sou muito esquisito no meio da poeira Na volta da sala procurando espaço Firme no compasso danço a noite inteira Dançando eu escuto um cantar de galo E do meu cavalo lá fora o relincho Arrasto as botina até o romper a aurora Só saio pra fora se acaba o bochincho Arrasto as botina até o romper a aurora Só saio pra fora se acaba o bochincho Da gaita eu escuto num canto um gemido Que eu sou destorcido num cabo da dança Eu sigo dançando num tranco eu largado Gastando um solado meu corpo balança Depois de um bugio tem xote e vaneira Danço a noite inteira e não forço o tutano Amanheço dançando num fundão de grota Nem que das minhas botas me sobre só o cano Amanheço dançando num fundão de grota Nem que das minhas botas me sobre só o cano