Sou do Rio Grande, sou domador Domar aporreado é a minha doutrina De estância em estância domando bagual Deixando bem manso pro andar das meninas Minha segurança é o par das esporas Meu equilíbrio é o mango e a perna Nunca fiz questão de ninguém no costado Matungo baldoso nunca me governa Bagual que eu domo dá Freio de Ouro É pingo de estouro debaixo da cela Não faço questão de ninguém do meu lado De braço trocado, te ensino aporreado E o mango pegando se acaso é preciso Espora parelha te deixa assustado Na força da perna é a roseta da espora Sem muita demora o bagual é domado Escreve a história de peão e cavalo Ginete bem galo, eu me sinto na hora É mais um ventana que eu domo sem pena De chapéu tapeado e peito entonado Em todas estâncias que eu trabalhei Eu nunca deixei um potro aporreado De um jeito ou de outro, ficava encosteado Eu deixo mansinho marchando de lado E, assim, vou levando esta lida campeira Domando ventana e abrindo porteira De pé no estribo e força no braço E também jogo o laço e não faço besteira E o mango pegando e a espora cortando É mais um que fica obedecendo o freio