Num surungo de grota Eu engraxo as minhas bota E vou me aprochegando Entro arrastando a esposa E meu pingo lá fora fica relinchando Me atraco tipo bicho Eu me encoio e me espicho Por todo salão Danço abanando a crina Me arrasto as butina Abro toca no chão Já de madrugada Eu descanso um bocado Como um enfarofado De bago de touro Atraco-lhe um beijo Nos beiços da china Que arranco o batom Com um pedaço de couro Num fandango largado Eu dançando planchado Meu corpo incendeia Nisso chega a cumadre Fala pro cumpadre Que a sala está cheia E eu me atraco na dança Me enrolo nas trança Da china aragana Depois paro um pouquito Como uns bolo frito E açucri de cana Já de madrugada... E os véio safado Com os zóio grelados Na porta da frente E eu bancando o santo E as véia num canto Só cuidando a gente De madrugadinha Se vão pra cozinha Pra lavar as louça E o bochicho se cala E eu fico na sala Apertando as moça Já de madrugada...