Quer falar do sertão? Vá morar nele Não permito que fale sem morar Você pode no globo procurar Não encontra o lugar melhor que ele Acho até que Jesus é filho dele E São Jorge alí andou montado Lá se cria e se vive do roçado Por problema pequeno, ninguém chora Não faltou no sertão até agora Gente honesta, forró, cavalo e gado Lalaiê laiê laia, lalaiê laiê la Lalaiê laiê laia, lalaiê laiê la Lalaiê laiê laia, lalaiê laiê la Lalaiê laiê laia, lalaiê laiê la Tenho a força dos impulsos de Mohammed-Ali dali Dois ouvidos, uma boca, observe, se cale, cale Cale, cale, prepare o seu portfólio Cale, cale, não pare no monopólio Não gosta da ladeira que desgasta, man Lá no centro, o pelourinho fede a bosta, man Aquele gringo diz que é superman O saci do sacizeiro vira lástima Basta, man, tá cedo pra tu dar piti O segredo do mercado é ter que competir Basta, man, tá cedo pra tu dar piti Passei o meu recado e não vou repetir Quite, quite e não precisa piti Quite, quite e não precisa piti Quite, quite e não precisa piti Quite, quite Pra onde é que tu rái? De onde que tu rem? Como é que tu tai e o que é que tu tem? Num tem marrápaiz, só tem marrébem Maria é mãe e pai e é fillha também Eu sei o que tu fez dentro de um cômodo Lutou por três, refez todo sinônimo Não se rendeu aos reis, eis o fenômeno Deus é mulher e vem causar incômodo De baque virado, é porrada na fala Sete saia, macho, se saia, vem rasgar mortalha Salários mais altos, desigualdade exala senzala Quem saiu de um quarto apertado não vai fazer sala Tu se entala com esse cuscuz, não faz um terço, Jesus Respeita a preta do gueto e não iguala o peso da cruz Se cale com esse mastruz, não fale um dedo do SUS Guerreiras viram espelhos e ao mundo inteiro dão luz Pra Maria Quitéria, Maria Felipa Maria Tomázia, Maria Amaral Maria Quitéria, Maria Felipa Maria Tomázia, Maria Amaral Maria guerreira, Maria guerreira Maria guerreira, Maria guerreira