Se liga, meu irmão Uma história eu vou contar A história de uma menina Que hoje vive a chorar Conheci ela por ai, lá no sul do Piauí Sei que Já foi uma princesa e me encantava a sua beleza Dava pra ver ela de longe, banhando no nosso velho monge Dizem que Era filha de um agrônomo, que nem sei se é meu parente Foi muito rica e bonita e hoje vive a clamar Sofreu de muita tirania, tratada como uma vadia Clama por zelo e proteção e que lhe mostrem a salvação Entra ano e sai ano, e o tempo vai passando E quando pede seu divorcio, lá vem eles se arrastando Implorando, lhe fraudando, dizendo que tá lhe amando Ela se ilude ela se alegra, ah meu Deus que pobre engano Eles só a querem lhe usar, brincar, te explorar Eles só a querem lhe usar, roubar, te explorar E Seu Pedro seu padrinho, tem horas que ele se zanga Joga água sem parar pra tentar lhe acordar, e fica toda assanhada, bagunçada, maltratada, arreganhada, escabruchada, dilatada, inundada, eslameada Assanhada, baguncada, maltratada, arreganhada Escabruchada, dilatada, eslameada Vive de quatro em quatro esperanças renovando Mas ninguém vive de Sonho, e ela não vive sem sonhar Mas ninguém vive de Sonho, e ela não vive sem sonhar E será o seu querer menor que o seu poder? Ah princesa! Te ver assim me da tristeza Isso é um estupro social, que tá nas capas dos jornais e Todo mundo assiste, e tu resistes e tu resistes Ah princesa! Te ver assim me da tristeza Isso é um estupro social, que tá nas capas dos jornais e Todo mundo assiste, e tu resistes e tu resistes São mais de 120 anos que eles vem te maltratando São mais de 120 anos que eles vem te maltratando Ah princesa! Te ver assim me da tristeza Ah princesa! Te ver assim me da tristeza