Somos argila do divino mangue Suor e sangue Carne e agonia Sangue quente, noite fria A matéria é escrava do ser livre A questão não é se estamos vivos É quem vive Capitães de areia não sentem medo de nada E essa altura do enredo A Asa Branca dança no lago do Cisne Negro Pretos de terno sem ser no emprego Meus pretos de terno em festas que não sejam enterros Meu fim é doloso Jovem preso num espírito idoso Medroso, me jogo no mar Aquário de Iemanjá O sol nasce no Rio Vermelho Me olho no espelho embriagado De volta ao centro A poesia habita o trago Observo o estrago do silêncio A boêmia em seu maldito vício Parei no precipício do ultimo maço Último abraço Minha imaginação, meu asilo Sabendo que melhor que sentir o beijo É a sensação antes de senti-lo Senti Exu Virei Exu Esse é o universo no seu último cochilo