É tão bom ter um brilhante Que lindos que eles são Encher a mão de diamantes Cada dedo vale um milhão Mas terás tu a noção, ou uma pequena opinião Do que se passa no teu mundo Nos campos de opressão? Qual é tua opção? Obter ou matar? Qual é a tua posição? Deixar de ter ou assassinar? Segues a tua indignação, ou preferes pausar? No tronco a pele de um animal no dedo o sangue a brilhar Bem-vindo a África sádica Às terras de histórias trágicas Palco de guerras lunáticas, de mentes fanáticas Diferenças dramáticas, fome, miséria em massas Doenças, corpos nas valas, putos que carregam armas Bem-vindo à Serra Leoa, antes da descoberta Diamantes, boa! Escravos, atirem-se à terra Tu até sabes disto mas ‘tás-te bem a cagar Mete a safira playboy, hoje elas não te vão largar Terras vermelhas afundam-se em sangue Uma lágrima, um diamante Tantas terras e uma distante E aos nossos olhos irrelevante Tantas estrelas, nenhuma brilhante Tantos sábios e nenhum santo Não quero acreditar, no entanto Que Deus já não passa nas terras de sangue Homens cavam, eles são escravos Patrões batem nos criados Fundo, mais fundo, seus inúteis quero resultados Quem achar pode almoçar Quem não achar vai continuar Estás cansado vais levar, vocês tão cá p’ra trabalhar O teu filho já é homem, 8 anos já não cai E o filho do teu filho há-de ser igual ao pai A vossa raça foi feita para servir o altar E uma graça ou uma desfeita, vou vos ter que matar Cava, cava Sua, lavra Baixa, apanha, levanta, e dá-me a pedra mais brava Traz mais um se queres água Que cara é essa de mágoa? Hoje nem levaste, limpa ás lágrimas parva À tua pala estou rico, devias ficar contente A pedra do teu marido foi considerada a mais quente Agora sai-me da frente Que eu estou quase a fazer bang Ias ser apenas mais uma a chorar lágrimas de sangue Terras vermelhas afundam-se em sangue Uma lágrima, um diamante Tantas terras e uma distante E aos nossos olhos irrelevante Tantas estrelas, nenhuma brilhante Tantos sábios e nenhum santo Não quero acreditar, no entanto Que Deus já não passa nas terras de sangue Nos dia de hoje ainda persiste a escravatura Diamantes são exportados e lapidados com ternura Enquanto homens escravizados morrem pela tua luxúria Usados, descartados, os seus direitos violados Obrigados a estar calados, entre as feridas e o calos Ter diamantes é bonito, mais bonito é evitá-los Se um diamante falasse Ele não conseguia falar Se conseguisse Na! Só conseguiria chorar! Terras vermelhas afundam-se em sangue Uma lágrima, um diamante Tantas terras e uma distante E aos nossos olhos irrelevante Tantas estrelas, nenhuma brilhante Tantos sábios e nenhum santo Não quero acreditar, no entanto Que Deus já não passa nas terras de sangue