O velho outono se espichava lerdo Tornando o dia mais frio e sem cor O mate de espera prenúncios de inverno Um vento cortante sumiu-se o calor O norte entoa na quincha das casas Um canto de assombro de noite de horror Sentado solito em volta das brasas Reviro o amargo e sorvo com fervor Sorvo mais um mate já quase lavado Lembranças antigas teimam em aflorar De noites de ronda, carreira e bailado Tropeadas e chinas, potro a galopar Negras nuvens se erguem pro sul é tormenta Ressecando as ventas com um frio de lascar Um raio corta o céu na noite escura O trovão retumbante vem anunciar A chuvarada cai logo em seguida Transformando o campo todo em pantanal Lagrimas de geadas que turvam as vidraças Gotejando afoitas sobre o pastiçal Sorvo mais um mate já quase lavado Lembranças antigas teimam em aflorar De noites de ronda, carreira e bailado Tropeadas e chinas, potro a galopar Repete a última parte. Email.ayrthoncaetano@hotmail.com