Gênesis ou Big Bang uma bic e um beat tem O mesmo efeito depende da fé que quem ouve tem Obama, Madiba, Russen, Drummond, Gehlen ou Einsten Os mesmos feitos. Alguns criados pra fazer bem Tudo são trevas até ser Edison edição Pra cifrar luz e não perder a visão Mas separar demais eu não deixo Mantenho o eixo pra ter visão periférica e não só ver o feixe É complicado mas eu nem ataco e tiro sarro O mesmo que diz que noiz veio do barro hoje chama noiz de macaco Crio história e ela eu mesmo narro Enquanto têm os flow carroça o meu tá Henry Ford de carro Energia concentrada em acúmulo O Cúmulo é ver no túmulo vidas recém-formadas O inimigo oculto dentro do culto Se diz culto enquanto a maldade é cultuada A frente do tempo igual Júlio. Verme não entende que eu to Verne Quer medir com régua mas já passei 20 mil léguas Morre João, sai Bento e entra Francisco corro risco E me arrisco em dizer que não vai ter trégua Sou o criador um deus-locutor Crio o mundo recrio o mundo Eu transformo o mundo Mudando tipografias e inclinações vocais Pontuando fora da norma Norma culta é forma de dominação Oculta No princípio era o verbo Agora é o verbo Eu digo água e você vê a água E então ela está aí Uma pedra Uma árvore Um oceano O amor não existe Até eu dizer amor E o amor existe Se só amar bastasse Eu nem precisaria comer Em forma as coisas precisam se traduzir Para que você possa vê Para que ela possa ser E pela primeira vez na História da humanidade Através da nossa palavra Passemos a recriar a nossa realidade