Quando a mocidade lhe deixar um dia Na solidão, sofrendo a nostalgia Ao relembrar o mal que lhe causou Serei feliz, porque feliz eu nunca fui na vida Minh’alma sempre foi desvanecida Esquecerei o tempo que passou Quando a formosura lhe abandonar E a consciência um dia lhe chegar Roubando todo o seu deslumbramento Daí então, gargalharei Porque eu sei sofrer Nasci assim, portanto hei de morrer Viver alegre é meu contentamento Quem faz o bem, recebe sempre o mal Quem neste mundo tem o ideal De viver sempre a sorrir, há de sofrer Jesus também sorrindo, foi martirizado E no calvário foi crucificado A suportar a dor e a resistir até morrer Mas aquele Deus, tão grande e poderoso Nunca foi no mundo, orgulhoso Pois morreu contrito a perdoar quem lhe feria Eu sou diferente no meu coração Guardo rancor de sua ingratidão Minh’alma ao relembrar Jamais perdoaria Quando a formosura lhe abandonar E a consciência um dia lhe chegar Roubando todo o seu deslumbramento Daí então, gargalharei Porque eu sei sofrer Nasci assim, portanto hei de morrer Viver alegre é meu contentamento