No meu sertão Numa linda palhoça Vivia uma cabocla Filha de Chico Simão Namorou-se De um caboclo renitente Conhecido por Clemente Apelidado Lampião Tão destemido Que enfrentava onça brava E também ele gostava De dar tiro de rifão Encontrou-se Com o caboclo mais valente Que também tinha patente De brigar por devoção Caboclo forte Tinha sangue de guerreiro Corpo leve e bem ligeiro Pra pular, não havia igual Tinha no peito Uma couraça de bronze Já tinha matado onze Como prova inicial Ele também Apaixonou-se por Rosinha Que também era vizinha Deste cabra matador Que, por maldade, Quis fazer uma vingança Carregando com a cabocla Iludindo-a com amor Depois de um ano Muito triste e arrependida Ela vinha comovida Implorar por seu perdão Dizendo assim: "Caboclo, eu sou tua E jurei perante a Lua Que te dei meu coração" "Eu sou culpada Mas também fui enganada Pelo caboclo malvado Que tudo prometeu" Hoje no rancho Tudo é felicidade A cabocla é Rosinha E o caboclo sou eu