Tudo está tão quieto, Parecendo a madrugada, calada Que nem me atrevo a respirar, Posso ouvir dos confins do universo Galáxias inteiras, a se formar Ouço o lamento dos astros Em seu suspiro estelar Nos enviando mensagens Que não sabemos decifrar Será que são bons, ou são maus? Será que estão a nos observar? Será que são anjos sem asas? Ou demônios querendo nos devorar? Que seres seremos pra eles? Que vírus irá lhes contaminar? Talvez não sejam imunes à gripe… E morram feito os milhares de índios Que tentamos doutrinar, E morram feito os milhares de índios Que tentamos civilizar, E morram feito os milhares de índios Que tentamos escravizar, E morram feito os milhares de índios Todos os índios… Quem irá nos salvar, No dia do ataque final? Ressuscitem os heróis, Que olhem por nós. Quem dará o golpe mortal? Se somos frágeis feito louça, Quem quebrará o campo de força?