Um pandeiro abandonado Numa triste quarta-feira Um pierrot todo suado Em cima de uma cadeira Uma cabecinha louca Louca de tanto sambar Ai Meu Deus E uma garganta rouca Quase sem poder falar Uma briga de noivado A renuncia de um casal Um sujeito endividado Por causa do carnaval Muita jóia no penhor, meu senhor Muito bolso sem tostão, sem tostão Tudo, tudo conseqüência De ter sido folião Hoje eu vivo a reclamar, a reclamar E talvez você também, você também Mais quem é quem vai deixar Mais quem é quem vai deixar De sambar ano que vem, ninguém, ninguém Ninguém, ninguém Ninguém, ninguém