Yayá está na rede de tucum A mucama de Yayá tange os piuns Balança a rede, canta um lundum! Tão bambo, tão molengo, tão dengoso Que Yayá tem vontade de dormir! Com quem? Ram-rem Que preguiça, que calor! Yayá tira a camisa Toma aluá, prende o cocó Limpa o suor, pula pra rede Mas, que cheiro gostoso tem Yayá! Que vontade doida de dormir Com quem? Cheiro de mel da casa das caldeiras! O saguim de Yayá dorme num coco Yayá ferra no sono Pende a cabeça Abre-se a rede Como uma ingá para a mucama de cantar Tange os piuns, cala o ram-rem Abre a janela, olha o curral Um bruto sossego no curral! Muito longe uma peitica faz si-dó Antes que Yayá corte a madorna A moleca de Yayá balança a rede! Tange os piuns, canta um lundum Tão bambo, tão molengo, tão dengoso! Que Yayá sem se acordar, se coça Se estira e se abre toda Na rede de tucum, sonha com quem?