Nesta hora, a poesia É a máxima distância Que me separa do mundo E da noite negra e fria Sobe a haste da infância Nasce um cravo vagabundo Cresce de tudo um poema Pelos muros da cidade Sem medos de amanhecer Nas raízes morre a algema Que lhe prendia a idade Com decretos de viver Sorri ao mundo, sorri Em cada folha um poema Cravo de verso na mão As pétalas que te vesti Sem usar de estratagema Dão ao meu fado, razão