A gente sente Sente lá de dentro No fundo do peito Com jeito de desespero Dentro do bucho encruzilhada alheia Éter rarefeito desatando meu sossego Rios de dores Voo a navegar Escrevo no preto Pro dia clarear No claro da noite desorganizado Sou barco embriagado Vacilando a flanar Neste nevoeiro Te conto um segredo Só quero me perder em paz Rios de dores Voo a navegar Escrevo no preto Pro dia clarear Se tanto escrevo Em meio a devaneios Canto como danço num passo de assum-preto Sinto o cheiro dela Ela não espera Me arranca num vacilo alheio Rios de dores Voo a navegar Escrevo no preto Pro dia clarear