Na noite alta os ratos rondam E no asfalto os carros roncam Bares e clubes luzem, sinais Gangues de punks lúmpens demais E prostitutas passam ao léu E viaturas surgem no breu Quando nas casas os justos dormem Quando não matam os brutos morrem Os seus olhos filtram letras Luminosos, faroletes e holofotes Nos seus olhos se reflete Todo o lume do negrume dessa noite Cena de bangue-bangue, faróis Tiras, bandidos, anti-heróis Tiros e gritos, cante mortal Cena de sangue, lance normal E pelas ruas, peruas rugem Se abrem alas e as balas zunem De repente você treme E a sirene passa entre automóveis Em suspense você pensa O que pode com o ódio desses homens?