Sertão de lago, palafita escura depois do verâo a chuva aqui faz invernar, encharca a terra com água barrenta alagando de vez, ligeireza de raio despenca moinho vergando nos galhos de vento de açoite, de tanto girar. Chove miúdo nos campos de Cachoeira vi chegar mês de janeiro vejo Bastião passar. Mastro 'porrudo', vem trazido lá do Teso te juro que não careço desse macho 'arrecuar'. Meteu cabeça é mais embaixo a 'recalçada' e o cabra foi dar com a cara pra aprender me respeitar. Chove miúdo nos campos de Cachoeira e um vaqueiro sem costela eu nunca vi nada pior. Anda 'avexado', o jeito é só criar novilha que as maravilhas nunca pode apreciar. Vai carga pensa no ponteio da viola ligeiro vai sem demora pro tio Lero 'bulerá'. Convide a dama pra dançar um chalálá dança menina, dança rapaz. (Cd: Folias do Marajó)