Procure entender que na solidão há Uma vida que passa em vão Perdido em um vasto mar De mágoas Faça de mim o seu espelho E me veja toda manhã Num desapego De corpo e alma Nessa cidade Não me encontro mais E essa saudade Que não é capaz de ver O brilho dos seus olhos No anoitecer Se isso é ser humano Eu prefiro não ser Não há porquê explicar o medo Lhe peço a razão Vindo numa curva fechada Na contra mão Como vai você? E tudo o que se desfez? Me mande notícias Pelo jornal das seis Nessa cidade Não me encontro mais E essa saudade Que não é capaz de ver O brilho dos seus olhos No anoitecer Se isso é ser humano Eu prefiro não ser