Bicho do mato Amante da solidão O teu destino É viver na contramão. Enraizado Nas angústias Que não passam Os teus dias São silêncios colossais A tua morte Já vem vindo vejo ao longe Na tua alma De vida secular Bicho do mato É doente não sei não É menino Em grande confusão Contaminado Pelas astúcias Quer maltratam Vejo vias Sem sinais No teu norte Vejo um monge A rezar Na tua sorte É tão cara A cor do teu olhar É tão rara A dor do teu pesar Bicho do mato É a própria ocasião O desatino De qualquer cosntatação