Na estrada pra candeias Mora um negro pescador Pão e peixe é a sua ceia Semelhante à do senhor Vai pro mar com o sol nascente Vem de lá com o sol de pé E alivia a pele ardente Nas marolas da maré Come o peixe com João Dá do peixe pra José Troca o peixe, ganha o pão Mata a fome, nasce a fé E quando o sol toma seu rumo Lá pras bandas do japão Ele bebe, perde o prumo Se embriaga e vai ao chão Ouve um canto e não resiste Vem do mar um som qualquer Ele jura que existe Esse canto de mulher Feito peixe, cai no mar Vem do fundo a canção Vai em busca do cantar E se afoga na ilusão Na estrada pra candeias Mora um negro pescador Foi o canto das sereias Que fez dele um sonhador Feito peixe, cai no mar Vem do fundo uma canção Vai em busca do cantar E se afoga na ilusão Na estrada pra candeias Mora um negro pescador Foi o canto das sereias Que fez dele um sonhador