Tecelã que todas as manhãs Passa por mim Apressada e aflita E que nunca chega depois Da última vez Em que a fábrica apita Tecelã, que entra as sete. Sai as quatro, com satisfação. Mas não sabe, Que quando ela passa Palpita em cheio, o meu coração. Tecelã, de um bairro afastado. Que anda um bocado Pra vir trabalhar Poderia ter mais alegria Se unisse na boca Um pouquinho de amor Eu não sei Se é o tecido Ou se é mesmo O amor de alguém Eu só sinto que quando ela passa Palpita em cheio o meu coração.