Sentada na mesa no bar o chefão Alugando um brega, doida pra armar a confusão O Bourbon na mesa à Napoleão Um predador disputando puta com peão É o mundo como é, ninguém quer só o que quer Tem também que saber dizer não Há delicadeza na Eva de Adão Fingindo beleza cheia de inocência e perversão No meio da festa a ressurreição A morte em Veneza anuncia o fogo do dragão E no mundo da mulher, o balé de Salomé É a guilhotina de João Babalux, meu amor tem um desejo Que compraram e que venderam Ninguém sabe quanto foi Quando foi, nem pra quem Ali, com certeza, naquela união Tragédia era grega, tinha indiferença e solidão Era uma cena pra televisão Havia miséria, decadência e contravenção É o mundo da TV decidindo quem vai ser O novo modelo da estação Babalux, meu amor tem um desejo Que compraram e que venderam Ninguém sabe quanto foi Quando foi, nem pra quem