O que antes algo valia Hoje é tabu quebrado O que nunca se podia Hoje é liberado Estou ressacado desta bebida Bebida amarga que escolhi Morte lenta, mas não abstrata Que não se consegue fugir Nos fundos de grandes quintais Quintais de qualquer país No chão, mortos animais E tambores como nunca vi Uma multidão em gesso estampado Todos com o mesmo nariz Uns mais enfeitados Mas todos no mesmo erro matriz Lindo por fora por dentro estragado A fachada é bela de olhar Por causa do vinho sou apontado Mas o que sou não vou negar