Estava morrendo de nojo o pobre veneno Sentado sério ao lado do seu centésimo trigésimo quinto corpo Sua boca seca Tinha gosto de esgoto Veneno nasceu bom Mas, se cansou logo cedo Fugiu para o mato para ver se aquietava Sonhava em ter de novo sua paz perdida Com o tempo, Veneno conheceu as peles de canela E achou bom ter consigo de novo uma jovem tão linda E ficou louco E ficou zonzo Já chamava de menina a lua e de lágrimas as estrelas do céu Estava bêbado Do mel puro que ela lhe dava de beber com tanto gosto E ficou de novo bom E chamou de pai, Deus Estava feliz e queria mais Mas, mais mais Ela não quis Veneno não mais dormiu Ele enlouqueceu Matou a fonte do mel puro e fugiu Depois de renascer ele retornou A santa desgraça diária de seu inferno natal Não quis