Lisboa, casta princesa Que o manto da realeza Cobre com pejo num casto beijo Lisboa, tão linda és Que tens de rastos aos pés A majestade do Tejo Lisboa das descobertas De tantas terras desertas Que deram brado no teu passado De Lisboa tens a coroa Velha Lisboa da Madragoa Quantos heróis tens criado Sete colinas são teu colo de cetim Onde as casas são boninas Espalhadas em jardim E no teu seio, certo dia, foi gerado E cantado pelo povo sonhador O nosso fado Lisboa, tardes doiradas Dos domingos, das toiradas Onde luzia a fidalguia Em que esse povo valente Mostrava que havia gente A quem a morte sorria Lisboa, terra de fama Tens a beleza de Alfama E a poesia da Mouraria E nos teus velhos recantos Eu sei lá quantos, tu tens d'encantos Do povo e da valentia