De tão sagradas memórias Ambas de iguais sentimentos Duas mulheres, duas glórias Dois nomes, dois sofrimentos Uma andou p'la Mouraria E p'lo Campo de Santana Conduzindo a nostalgia Nos seus olhos de cigana A outra, em salões doirados Da triste sorte irmã gémea Trazia os dias contados Nos seus olhos de boémia Ambas souberam cantar O fado, que as embalava Se uma cantava a chorar A outra, a chorar cantava Cada qual em sua era Dois nomes cheios de glória Um... a Maria Severa Outro... a Maria Vitória