Meu coração vadio Dantes nunca navegado No atlântico ancorado É pacífico demais Num dia americano Como estouro de boiada Meu coração de nada Quis américa do sul Que leviano! O meu peito americano Quiere hablar castellano Ser daqui e ser de lá Mas de repente Alguém toca o telefone Ouço a voz, gosto do nome Deixo tudo e vou pro mar O rio é de janeiro Fevereiro e carnaval Com o Cristo ao natural Que é pacífico demais Então, mais um cigarro No meu carro em Ipanema Vejo a moça do poema Eu mais eu e nada mais Que desatino A viola abandonada Minha mão tão asfaltada Não consegue violar E um sonho novo De passar as cordilheiras Vai virar velhas olheiras Se acordado eu esperar.