O Brasil é o país da riqueza É o país da riqueza É o país da beleza Futebol e carnaval Mas adoece quando o assunto é segurança E ao ver a discrepância Entre as classes, passa mal Desde o descobrimento O português já pôde ver Que o que aqui plantasse Ia dar, ia nascer A fauna e a flora são vastos De cultura eu não reclamo Mesmo não tendo a sorte De nascer Pernambucano E a riqueza não é Somente Material Mais rico que o rico É quem não vende a Moral Mestre Ambrósio me disse Que Cabral demonstrou Uma certa inquietação Com o fim que o país levou E resmungava agitado Para todo o seu povo Que o Brasil que descobriu Queria cobrir de novo E resmungava agitado Para todo o seu povo Que o Brasil que descobriu, queria Com isso me perguntei Se também comungava Com a ideia que passava Na cabeça de Cabral A fim de relaxar Fui até ponta negra Para ver se a beleza Me ajudava a pensar Fiquei alegre mas também me entristeci Com a paisagem que vi ao chegar perto de lá As águas que beijam as praias Não mais abrigam sereias E as areias do Careca já estão perto de acabar Sufocadas pelo asfalto Tijolo pedra e cimento Que assombram mais que o tormento Das tormentas lá do mar