Da senzala eu fiz quilombo, mãos calejadas no meu nada eu faço um rombo. Eu era Antônio bem antes de ser conselheiro era fumaça até achar o isqueiro. Máquina rima, rima com rock and roll! Tira da esquina, deixa na cara do gol! Eu era um vaso pronto pra queda, um lutador com a luva cheia de pedra. Sempre vil sujo, imperfeito e oco eu era o jeca pra fora do possível soco. A prostituta ficando velha, a pedra no caminho queimando a minha idéia. Todo seco te querendo pra ficar molhado o senador em corrupção afogado Eu era criança até achar um livro, pus fogo em lama pra derreter o vidro. Transei com ratos, busquei verdade absoluta. Muita filosofia, mas tá faltando luta.