Uma égua eu ganhei, E muito feliz fiquei. Não me importava com sua cor, Mas sim, pelo valor. Gosto do seu jeitinho, Vai sempre de mansinho. De um apelido meu a chamava, Que a mim não alegrava. Sempre a acostumava, A ser melhor do que desejava. Mas um dia eu descobri, Que meu pai a mataria. Lágrimas escorriam no eu rosto, Com meu corpo escorado num encosto. Meu pai ao ver tamanha tristeza disse: "A ti entrego esta égua, nunca vi tanta tolice." Os meus olhos meu pai enxugou, E nenhuma lágrima de mim restou. Depois de tudo eu pensava, O quanto meu pai me amava. Abraçada ao pescoço da égua eu ficava, E dizia que era o cavalo mais amava.